
EM
FOCO
AMBIENTAL

Banco Genético in situ da USP-RP
O Brasil é responsável pela gestão de um enorme patrimônio de biodiversidade reunindo mais de 46 mil espécies de plantas catalogadas. Visando proteger todo esse patrimônio, atualmente podemos observar 2 tipos diferentes de conservação: a ex situ e a in situ.
Você saberia diferenciá-las?
A conservação ex situ envolve a retirada das espécies ou do material genético fora do seu ambiente natural, através do uso de câmaras de conservação de sementes ou bancos de germoplasma. Já a conservação in situ do material genético é visto como a conservação das espécies nos seus ambientes naturais, através da criação de reservas genéticas ou reservas extrativistas, por exemplo.
Pensando-se neste tipo de conservação in situ foi criado o Banco Genético da floresta USP, na década de 90, cujo projeto estabelece um acervo genético de espécies da região, a fim de fornecer sementes e mudas com alta variabilidade genética. Para implementação desse Banco Genético, foram escolhidas 45 espécies nativas da bacia do Rio Pardo e do Mogi-Guaçu, cujas sementes foram coletadas de 75 árvores-mãe por espécie, resultando em uma diversidade genética única no Brasil. Posteriormente, essas sementes foram plantadas, dando origem ao Banco Genético in situ. Por a floresta ser o próprio Banco Genético esse tipo de conservação também pode ser chamada de in vivo.
O Banco Genético da floresta USP é um dos pioneiros nessa área, pois “é o primeiro do país a utilizar, numa mesma restauração, várias estratégias já consagradas pelos especialistas como importantes para o seu sucesso” de acordo com informações do site (ceeflorusp). Ao longo dos últimos anos, o Banco Genético sofreu com alguns incêndios e teve grande parte da sua área atingida. Atualmente, foi iniciado o processo de restauração e revitalização do Banco Genético.
Vale ressaltar que ambos os tipos de conservação são complementares e não excludentes e possuem suas respectivas vantagens.
Referências: